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Conheça os tipos de plataforma offshore: 1 e 2: Fixas, 3: Torre Complacente, 4 e 5: TLP, 6: Spar, 7 e 8: Semissubmersíveis, 9: FPSO, 10: Sistema de completação molhada (Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration)

Modelos variados atendem a diferentes desafios tecnológicos

Conheça os tipos de plataforma offshore: 1 e 2: Fixas, 3: Torre Complacente, 4 e 5: TLP, 6: Spar, 7 e 8: Semissubmersíveis, 9: FPSO, 10: Sistema de completação molhada (Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration)

A descoberta de grandes reservas de petróleo nas águas profundas do pré-sal brasileiro chamou a atenção pública para os novos desafios tecnológicos, que incluem a construção e a operação de imensas estruturas no meio do mar – as plataformas offshore. A história desses equipamentos, porém, remonta a 1947, quando as primeiras plataformas foram instaladas no Golfo do México. Mesmo com a crise do petróleo dos anos 70, seu crescimento jamais parou, impulsionado também pela constante inovação. Hoje, estima-se que aproximadamente 7.850 plataformas de produção de petróleo e gás operem offshore em mais de 53 países ao redor do mundo. Com um problema: boa parte delas se encontra no fim da vida útil e sua desativação impõe desafios tecnológicos e ambientais, além da necessidade de um planejamento avançado para sua substituição. Podem ser classificadas em duas categorias básicas, com várias subdivisões:

Fixas – São unidades de produção ou perfuração fixadas no solo marinho, por meio de estacas ou por gravidade, em lâmina d’água pequena (por volta de 300 metros de profundidade). Foram as primeiras plataformas offshore a serem desenvolvidas e as mais comumente utilizadas. Sua principal limitação é a quantidade de aço requerida para sua base de sustentação, que precisa ser grande para evitar a instabilidade, elevando seus custos. Há quatro tipos de plataformas fixas: Jaqueta (com estrutura de revestimento constituída por tubos de aço), Torre Complacente (torre estreita e flexível que aumenta a estabilidade em lâminas d’água superiores a 400 metros), Jack-up (auto-elevatórias, são unidades móveis fixadas no solo marinho através de pernas treliçadas que se encontram nas extremidades) e Plataforma de Gravidade (construídas em concreto ou em aço, são fixadas em solo marinho por gravidade).

Flutuantes – Como em águas mais profundas a instabilidade aumenta consideravelmente, surgiram as plataformas flutuantes, que são estruturas instaladas através de um sistema de ancoragem. Hoje, como a maioria dos poços se encontra a mais de 4 mil metros, as flutuantes passaram a ter um protagonismo importante. Há vários tipos de plataformas nessa categoria, que diferem pelo fato de produzir e armazenar petróleo, apenas produzir ou apenas armazenar. Também se subdividem em diversos modelos, como as semissubmersíveis (formadas por flutuadores, que garantem sua estabilidade, e colunas, que evitam o emborque); a FPSO, navio estacionário flutuante (Floating) que produz (Production) e armazena (Storage) petróleo e efetua o escoamento (Offloading); Spar (oferece maior estabilidade as anteriores graças ao tamanho de seu calado); e Tension Leg Platform (TLP, ancorada por tendões de aço fixados no mar através de estacas).

Uma vez concluída a perfuração de um poço, é necessário deixá-lo em condições de operar, de forma segura e econômica, durante toda a sua vida produtiva. Esse conjunto de operações destinadas a equipar o poço para produzir óleo, gás ou mesmo injetar fluidos nos reservatórios é chamado de completação. Essa variedade de plataformas pode realizar a completação seca ou molhada – designações que se referem à posição em que funciona o conjunto de válvulas que regula a produção de petróleo ou gás (também chamado de “árvore de natal”).

A completação será “seca” se a árvore de natal estiver na parte superior plataforma, ou “molhada” se for instalada no fundo do mar. A plataforma fixa Jaqueta ou a flutuante TLP, por exemplo, fazem a completação seca. Já o sistema de completação molhada necessita de um conjunto de válvulas bem mais sofisticado (árvore de natal molhada – ANM), com manutenção e acesso ao poço mais complicados e dispendiosos. A completação molhada exige o emprego de unidades flutuantes de produção com maiores movimentos, tais como as semissubmersíveis e FPSO.

 

Fonte: Época Negócios